Grupo peruano abre programação do 17º Festival de Teatro da Amazônia
No dia 7 de outubro, o Grupo Cultural Yuyachkani, do Peru, faz a primeira apresentação em Manaus, com “No me toquen esse valse”. O espetáculo abre a programação do 17º Festival de Teatro da Amazônia (FTA), às 19h, no Teatro da Instalação (Rua Frei José dos Inocentes, Centro), com acesso gratuito.
Segundo o presidente da Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), Cleber Ferreira, o festival sempre teve como objetivo promover o intercâmbio entre os povos da Amazônia através das artes e do teatro. Ele reforça que esses povos se estendem pelo Brasil e alguns países da América Latina.
“A nossa intenção é que o FTA una esses teatros e, nessa edição, essa unicidade se expressará na presença de um dos mais importantes grupos teatrais da América Latina e do Peru, o Grupo Cultural Yuyachkani”, afirma o titular da federação.
O presidente da Fetam explica que Yuyachkani é uma palavra quéchua, que significa “estou pensando ou estou recordando”. Ele destaca que o grupo peruano tem mais de 50 anos de um trabalho ininterrupto, de um teatro político, que dialoga com grandes questões e com dramaturgos como Augusto Boal e seu Teatro do Oprimido.
“Vamos ter a honra de receber o espetáculo ‘No me toquen ese valse’, que vai trazer para Manaus e para o FTA o que há de mais primoroso no trabalho coletivo, político, no teatro de grupo que resiste às intempéries do tempo e nos fortalece a continuar fazendo teatro e unindo esse teatro da Amazônia”, comenta Cleber Ferreira. “Vamos apreciar também uma oficina com o Yuyachkani, que trará mais de 50 anos de experiências cênicas para os e as artistas participantes do festival”, finaliza.
FTA
O evento é viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, via Ministério da Cultura, apresentado pela Nubank e organizado pela Federação de Teatro do Amazonas (Fetam), com apoio da Weg e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O Festival de Teatro da Amazônia traz 30 espetáculos na programação deste ano, são 15 na mostra Jurupari, 10 na mostra Ednelza Sahdo e cinco obras convidadas, além de concurso de dramaturgia, rodas de conversa, oficinas, vivências na periferia e projeto de mediação.